Semana passada levei o Theo ao pediatra aqui nos EUA pela primeira vez. Foi uma consulta de rotina e a escolha do médico foi baseada na indicação de amigos que estão morando aqui e que tem filhos pequenos.

Quando ligamos para o consultório médico para agendar a consulta, a atendente nos perguntou (em inglês) a idade da criança, se ela estava doente ou se era uma consulta de rotina. Dissemos que era uma consulta de rotina e conseguimos um horário para o dia seguinte.  O consultório não fica aqui na cidade em que estamos morando e sim à quarenta minutos de carro daqui de casa, mas optamos por levar o Theo lá pois é um médico com boas recomendação e ele fala português pois é brasileiro.

Chegamos na clínica com 30 minutos de antecedência. A secretária nos entregou alguns formulários para preenchermos e solicitou o cartão do plano de saúde.

Aqui nos EUA ou você tem plano de saúde ou você tem que pagar pelo atendimento médico. Pelo o que eu entendi, aqui não existe atendimento médico gratuito similar ao SUS do Brasil. Parece que o presidente Barack Obama esta implementando o chamado “Obamacare” aqui, o que seria um atendimento médico para as pessoas que não tem condições financeiras de pagar por um plano de saúde, mas pelo o que eu tenho visto nos noticiários, ainda não está funcionando direito.

Bom, voltando a nossa consulta, enquanto esperávamos para sermos atendidos, preenchemos os formulários nos quais tivemos que responder a algumas perguntas gerais sobre a saúde do Theo, informações sobre a família, se água da nossa casa era fornecida pela cidade ou de poço, se tínhamos animais de estimação, quantas pessoas moravam na casa, se havia arma de fogo em casa, se alguém da família era fumante, entre outras perguntas.

O ambiente físico da sala de espera é bem parecido com os dos consultórios pediátricos do Brasil, com brinquedos espalhados pela sala para as crianças e revistas para os pais. Tinha também um aquário bem bonito que separava as duas salas de espera, o que me fez lembrar do consultório do dentista do filme “Procurando Nemo” da Disney.

Ficamos aguardando na sala de espera por aproximadamente 15 minutos. Quando a enfermeira nos chamou, uma surpresa agradável: ela falava português ! Chamou o Theo pelo nome dele e foi puxando conversa com ele para deixá-lo mais a vontade neste ambiente novo. Entramos na sala de atendimento e ela mediu a pressão arterial do Theo, tirou a temperatura, pesou e mediu a estatura. Ela perguntou se ele já havia feito exame de vista alguma vez, como a resposta foi negativa, ela realizou aquele exame tradicional de vista onde ele tinha que ficar a uma determinada distância de um painel com figuras e ir falando para ela o que ele via. Depois ela me forneceu um copinho plástico para colher a urina do Theo para já realizar um exame de urina.

Depois destes exames preliminares, ela pediu para o Theo vestir um avental e aguardar que o médico já iria chegar.

Quando o Pediatra chegou ele refez todas as perguntas que havíamos respondido nos formulários, perguntou sobre a minha gestação, o parto e sobre a saúde do Theo e da nossa família. Ele quis ver todos os exames e a carteira de vacinação do Theo que eu trouxe do Brasil e examinou minuciosamente o Theo, auscutou o coração, os pulmões, examinou ouvido e a garganta.

Ficamos aproximadamente uma hora em consulta com ele. Ele foi bem atencioso, não demonstrou pressa em realizar a consulta e respondeu e explicou pacientemente tudo o que perguntamos.

Ao final da consulta , ele já estava com o resultado do exame de urina do Theo e o de vista em seu computador. Ele aconselhou que o Theo tomasse algumas vacinas que não estavam na sua carteira de vacinação. As vacinas foram aplicadas ali mesmo no consultório e são cobertas pelo plano de saúde.

O fato do médico ser brasileiro facilitou muito essa nossa primeira consulta, afinal conversar sobre termos médicos e relatar toda uma história de saúde em inglês e entender o que o médico esta falando em inglês iria requerer um inglês bem mais avançado do que o meu.

Para finalizar este post, a minha primeira impressão sobre o atendimento médico aqui nos EUA foi bem positiva e espero que também seja assim quando for a minha vez de ir ao médico aqui!